LÁ DE FUNDO AINDA OUÇO GRITOS,CHOROS,BARULHO DE TIROS E UM GRITO DE GUERRA DE UM INDIGENA QUE VAI SE CALANDO E SE TORNANDO MAIS FRACO A CADA METRO ,ASSIM COMO UM ECO NA FLORESTA QUE NÃO SE CURVOU A IGNORANCIA DO HOMEM BRANCO.
O CHORO DE CRIANÇAS E MULHERES AINDA NÃO CESSOU,E O RIO AINDA QUE ESTEJA FRACO,NÃO SECOU...
AINDA VEJO A MARCA DA CULTURA QUE AQUI ERA PREDOMINANTE ,AINDA OUSO O BARULHO DOS ATABAQUES E TAMBORES ,QUE PRA CÁ FORAM TRAZIDOS;SEM SABER SE É REAL OU UMA LEMBRANÇA,VEJO UMA RODA DE DANÇA E LUTA ,TOCAM BERIMBAU E CANTAM...
MAS COMO A LUZ DO SOL,RADIANTE ,QUE SOME COM O CHEGAR DA MÃE LUA,ESTA TUDO SUMINDO,COMO FUMAÇA DISSIPADA NO CÉU. DANDO LUGAR PARA SELVAS DE FERRO E CONCRETO ,A FUMAÇA AGORA É MUITO INTENSSA E JÁ NÃO SE OUVE MAIS AQUELAS LINDAS CANÇÕES QUE OS MAIS VELHOS CANTAVAM AOS MAIS NOVOS ,CANÇÕES QUE CONTAVAM AS HISTÓRIAS .
COMO UMA NUVEM DE GAFANHOTOS ,VEIO AS PESTES E DOENÇASPARA ACABAR COM TUDO ISSO ,JUNTO COM O BARULHO DOS TROVOES,E COM O CHEIRO DAS ÁRVORES QUE SANGRAVAM ALI SÓ SOBRARAM NÓS

DINGO